sábado, 5 de março de 2011

2º dia: 05/3/2011

2º dia: 05/3/2011
Perdão

leitura dos capítulos 3, 5 e 9

Capítulo 3: A Samaritana - João capítulo 4
As mulheres, na época de Jesus, eram subjugadas pelos homens. Sofriam todo tipo de preconceito. A lei era muito mais pesada para elas do que para eles. Mas Jesus estava sempre rodeado de mulheres. Eram elas, pobres, destinadas ao abandono e miseráveis que seguiam Jesus. Jesus nunca tratou ninguém com ódio.
Jesus se encontrou com uma mulher samaritana. Ele, judeu. Os judeus desprezavam os samaritanos e mais ainda as mulheres samaritanas. É essa mulher desprezada que Jesus se revela. Primeiro, Ele pede água. Água que a mulher imaginava ser do poço era uma água viva. Era uma água que tinha o poder de saciar a necessidade física e a necessidade espiritual. Jesus tocou o coração daquela mulher tão sofrida. Ele conhece detalhes de sua história. Sabe de sua dor, de suas angústias e medos. Conhece suas necessidades. Jesus não se incomoda com o fato dela ser samaritana, de ser mulher, de ter tido mutos maridos, enfim, Ele quer saciar a sua sede.

A mulher samaritana representa os discriminados, pessoas para as quais pouca gente daria atenção. Se há alguém com sede, Jesus está pronto a dar a água que tem o poder de saciar a sede física e espiritual.
De que temos sede? De atenção? De amor? De reconhecimento? De paz? De felicidade? De uma história de vida com significado? Saiba que Jesus pode e quer saciar a sua sede!
Ele vem ao nosso encontro. Não repara em nossas vestes rasgadas, nem em nosso coração ferido. Ele vem, gasta tempo conosco e nos oferece a água que nos restaura.

Senhor, eu tenho sede.
Na miséria dos meus pecados, eu tenho sede.
No presente que me entristece, eu tenho sede.
No futuro que me amedronta, eu tenho sede.
Eu quero água viva. Água que me lava e me alimenta. Eu quero esse alimento, Senhor!
Obrigada, porque apesar de tantos que na me vêem, não me reconhecem, não gastam tempo comigo, o Senhor está aqui. Fica mais tempo Jesus. Tua conversa me dá vida nova.
Amém!


Capítulo 5: A mulher adúltera - João capítulo 8
Essa passagem da vida de Jesus nos convida a refletir sobre os julgamentos e a capacidade de perdoar.
A mulher adúltera já estava condenada. Aqueles homens estavam dispostos a executar a sentença. Eles clamavam por justiça, mostrando que o direito à honra vale mais do que o direito à vida, como ainda acontece em muitos países, hoje em dia. Jesus não desafia a Lei de Moisés, desafia a consciência daqueles homens. “Quem de nós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra”. Jesus teria o poder de condená-la; afinal, Ele não tinha pecado. Ele teria o direito moral de condená-la. Mas não o faz. Ao contrário, dá à ela outra oportunidade, esperança. Ele permite que ela vá e amorosamente sugere-lhe uma nova vida.
Ela foi pega em pecado, mas e os pecados que só a consciência conhece? Quantos são humilhados por serem descobertos. E quantos são os que acusam enquanto escondem a própria podridão. É triste uma sociedade sem misericórdia. Jogamos pedras... Pedras das palavras ditas sem cuidado, das fofocas, das inverdades, das condenações. Jogar pedras é não entender o conceito cristão do amor.

“Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las”, nos ensina Madre Teresa de Calcutá. As impressões que deixamos nos outros são difíceis de ser apagadas. Por isso, precisamos tomar muito cuidado com as palavras duras que dizemos, com os julgamentos precipitados que fazemos, com as ofensas que proferimos. É o amor, e não o ódio, que tem o poder de restaurar.

Senhor,
eu quero te pedir o dom do amor. Eu não quero odiar as pessoas, nem julgar, nem jogar pedras.
Eu não quero ser hipócrita em apontar os erros dos outros como se eu não tivesse erros.
Eu quero ser capaz de amar. Um amor que vê o essencial e não as aparências. Um amor que acolhe e cuida.
Obrigada, Senhor, pelo perdão, pela esperança, por me perdoares e me ensinares a perdoar os meus irmãos.
Amém!


Capítulo 9: Amor fraterno - João capítulo 15
Em toda a história da salvação, percebemos o amor de Deus pelos seus filhos. A vida de Jesus é uma surpreendente história de amor. O amor foi a principal virtude para que a Igreja, no início tímida e pequena, fosse angariando mais seguidores.
Não há nada mais bonito do que um amor que constrói, que edifica, que ilumina e supre tantas outras necessidades. Quem ama é justo, é verdadeiro, é paciente. O amor dá significado às relações.
É preciso resgatar essa capacidade de amor. O ódio é uma forma mesquinha de resolver os conflitos. Quem ama nunca faz o mal, e é para o bem que nascemos!

Senhor, Deus do Amor, ensina-me a amar.
Mesmo que os meus irmãos me traiam, ensina-me a amar.
Eu quero amar, Senhor. Primeiro a Vós e depois aos meus irmãos. Quero amar a mim mesma, sem egoísmos, mas como templo do Vosso Santo Espírito.
Amém!


Senhor, eu quero perdoar as pessoas de quem ainda guardo mágoa. Já as perdoei “de boca”, mas ainda sinto mágoa e peço que me laves com a água viva do Teu amor.
Eu também erro, Senhor, e não posso condenar ninguém por errar.
Ensina-me a amar e perdoar os meus irmãos.
Amém!

Um comentário:

Gracinda disse...

Só você, Tetê... uma forma maravilhosa de registrar esses momentos preciosos e ainda compartilhar com os que não podem participar! Obrigada por ter se lembrado de me convidar para estar junto de vocês nesse retiro! Você é uma amigona! Beijos nesse seu coração de ouro!